Não que isso importe, mas...

02 julho, 2010

Copa do Mundo - Oitavas de final

As oitavas de final da Copa do Mundo trouxeram bons jogos e uma melhora na média de gols. Com um total de 124 gols até aqui, média global de 2,214, é possível que a Copa da África escape de se tornar a de pior média de gols da história, que até aqui aconteceu em 1990, com 2,212 gols por jogo (115 gols em 52 jogos).

No último dia das oitavas, Paraguai e Japão fizeram um jogo chato e amarrado, sem muitas chances, de tão incompetentes no ataque, só balançaram as redes nas cobranças de pênalti. Jogo parelho como eu tinha previsto, mas com resultado favorável ao Paraguai, que bateu com perfeição pra fechar em 5 x 3. Errei também minha previsão de EUA x Gana, pois os ganeses, com melhor preparo físico, conseguiram bater os estadunidenses na prorrogação, totalizando 2 x 1.

Outros dois vencedores pelo placar de 2 x 1: Uruguai, num bom jogo contra a Coreia; e Holanda, apresentando um jogo correto e precavido contra a Eslováquia, que perdeu muitas chances.

A Espanha despachou os patrícios por 1 x 0 mesmo, com gol do artilheiro Villa, um nome que prometeu e que brilha na Copa. Cristiano Ronaldo não assumiu a posição de líder e astro e mostrou a estrela arrogante e individualista que é. Cuspiu em direção à câmera quando filmado no fim do jogo e recusou-se a falar com a imprensa.

A Argentina, com pinta de campeã, não tomou conhecimento do México, fez 3 x 1 e só não fez mais porque tirou o pé. O México melhorou no segundo tempo, mas não se empolgou com o gol tardio que fez.

No que é talvez o melhor jogo da Copa até aqui, com muita emoção e futebol de qualidade, a Alemanha deu a aula de futebol a que eu tinha me referido no post anterior, disparando um 4 x 1 pra cima dos rapazes badalados mas ordinários da Inglaterra.

Uma nota triste são os erros da arbitragem. Quando a Alemanha ainda ganhava de 2 x 1, Lampard chutou a bola, que bateu no travessão e entrou. Seria o empate da Inglaterra, num momento crucial do jogo, que poderia ter tomado outro rumo, se não fosse o árbitro uruguaio não enxergar que a bola entrou e muito. Já no primeiro gol da Argentina, Tevez estava quase meio metro à frente do último adversário, mas o gol foi validado mesmo assim, abrindo o caminho pra uma vitória fácil no primeiro tempo.

E o Brasil? Ah, o Brasil. Jogou mal, não foi criativo, não empolgou e despachou fácil os chilenos de quem eu esperava muito mais. Kaká voltou, mas não mostrou muita evolução em relação ao jogo contra os marfinenses. Robinho fez seu pior jogo, apesar de ter marcado um gol e Daniel Alves, em péssima fase, ainda procura um lugar no esquema tático. Ramires foi a boa notícia, entrou bem e melhorou o passe no meio campo, infelizmente levou o segundo amarelo e não joga a próxima. O placar de 3 x 0 é o mesmo contra Gana na mesma fase da Copa passada. Naquele ano de 2006, todos nós sabemos o que aconteceu no jogo seguinte, Henry nos mandou de volta. As semelhanças são poucas com a Seleção de então, mas o que não se pode é se deixar enganar pela facilidade do jogo. O adversário de verdade só vem agora.

Os confrontos e meus palpites pras quartas de final, que começam daqui a algumas horas, são os seguintes:

- Holanda x Brasil (o jogo feio do Brasil e a desorganização, somados à falta que Elano faz ao esquema de Dunga e à má fase de peças chaves no meio campo, que não está funcionando, vão fazer com que o Brasil perca pra si mesmo, embora tenhamos uma defesa que cometa poucos erros. Espero muito estar errado, mas acredito que a Holanda passe);

- Uruguai x Gana (jogo duro, mas os uruguaios querem chegar mais longe e vai prevalecer a criatividade de Forlán e a força ofensiva de Suarez. Uruguai nas semifinais);

- Argentina x Alemanha (esse sim deverá ser o melhor jogo da Copa, por ser uma final antecipada. Pode ser que os alemães surpreendam, ainda mais se Messi não estiver recuperado da gripe, mas meu palpite vai chorado pros hermanos);

- Espanha x Paraguai (mais uma forte retranca pra Espanha abrir. Villa novamente vai dar conta do recado e os espanhóis devem seguir adiante).

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