Não que isso importe, mas...

10 julho, 2006

Ponto final

Foi uma pena, mais uma vez, ver a Copa decidida nos pênaltis (a outra, foi aquele título do Brasil em 94 contra a própria Itália). Mas não há muito o que se fazer, houve um tempo em que uma partida extra era marcada, inviável nos dias de hoje com rios de dinheiro em publicidade, televisão, estadia de delegações e por aí vai. Não foi um jogo feio, mas a Itália não chegou a mostrar a mesma determinação que mostrou contra a Alemanha. Enquanto o melhor zagueiro da Copa do Mundo, Canavarro da Itália, jogava talvez sua pior partida, a defesa francesa continuava sólida, com exceção dos lances de bolas cruzadas na área. Mas, infelizmente, o que se vai falar muito sobre essa final é a agressão de Zidane no zagueiro Materazzi. Numa palavra: incompreensível. Não dá pra entender, nem que ele venha com todas as explicações do mundo, o que quer que o italiano tenha dito, alguém como ele, com tanta experiência não podia nunca ter feito uma bobagem daquela. Até mesmo porque ele é o batedor de penâltis e a partida se encaminhava pra um final em que ele seria indispensável.
Mas o que mancha sua imagem numa partida, não tira o brilho de uma carreira marcante no futebol, o mestre Zizou será sim lembrado sempre por seus toques de classe, a elegância e a inteligência que sempre usou ao tocar a bola. Felizmente, o único título que ele ficou foi com o de melhor jogador da Copa, a Bola de Ouro, talvez muito mais um reconhecimento pela sua carreira do que especificamente por essa competição, onde não jogou na primeira fase (assim como o resto do time), jogou excepcionalmente contra a Espanha e contra o Brasil, mas nem tão brilhante assim contra Portugal e Itália.

BBC OnlineA Copa marcou pelo jogo dos europeus de marcação forte e exagero nas quedas, pra tentar enganar juiz (Cristiano Ronaldo, Henry, Beckham fazem escola). Com defesas brilhando e ataques parados, foi a segunda pior média de gols da história (só melhor do que a da pior Copa, a de 1990). Os africanos, que organizarão a próxima em 2010, continuam a crescer e Gana e Costa do Marfim não são os únicos, Senegal, Camarões e Nigéria têm tradição, pode ser que eles tenham melhor sorte. Quanto ao Brasil, devemos pensar no que vem pela frente, no futuro. Mudança de técnico (dos nomes falados, prefiro o Autuori) e renovação dos jogadores, porque se Deus quiser todos vão ser sensatos como Juninho Pernambucano, que falou (sábias palavras): "Nós, de 30 anos ou mais, temos que dar espaço pra garotada mais nova, é a vez deles."

Copa só em 2010, mas a Seleção não sai do coração.
Abraços a todos.

2 Comentários:

  • Paulinho, desculpe não ter aparecido antes. Rapaz, que bela homenagem logo abaixo. Toda vez que vejo um gesto assim, acredito demais que a arte torna-se um lugar ideal para pensarmos um mundo melhor, nem que seja um grão de concórdia. Obrigado mesmo! Um abraço! (Ah, aproveito para deixar o novo blog em parceria com a escritora Rosa Amanda)

    Por Anonymous Anônimo, Às 8:48 AM  

  • Meu amor, tu saiu de casa pra trabalhar agora há pouco... Deu uma saudade.
    Volta logo, tá?

    Por Blogger Val, Às 5:04 AM  

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