Não que isso importe, mas...

03 maio, 2006

Dois dias em duas horas

Calos nos pés, corpo dolorido, algumas fotos, a impressão de que o tempo passou muito rápido e a certeza de que não deu pra ver metade do que queríamos, esse foi o saldo de nosso passeio a Londres.
O primeiro dia voou. Eu, Val e Aisling chegamos já um pouco tarde, pegamos o metrô na Victoria Station e fomos encontrar Manuela que nos acomodou na casa de sua avó, na região central de Londres, próxima ao British Museum. Na mesma hora, ligamos pra Geninho (Vinícius) que estava acomodando Fernando e eles dois foram nos encontrar. Saímos os 6 para almoçar na Chinatown londrina. Com a barriga cheia, começamos a caminhada.
Passamos por alguns lugares óbvios, pelos quais não poderíamos deixar de andar, em cada um deles, fotos e muita pressa.

Paramos em Piccadilly Circus, um lugar lotadíssimo onde 5 ruas movimentadas se cruzam em frente a uma fonte de bronze. Aos pés desta fonte, várias pessoas sentadas, olhando para o nada, conversando, bebendo vinho ou descansando de uma caminhada. No alto da fonte, apesar de bastante singelo, um dos símbolos de Londres, a escultura de um anjo que simbolizava originalmente a caridade cristã, mas que se popularizou como estátua de Eros, deus do amor. É uma das primeiras esculturas em alumínio.
Seguimos nossa caminhada, passando por Leicester Square, onde ficam os maiores cinemas como o Odeon e o Empire, casas de espetáculos e sedes de rádios. É aqui onde normalmente acontecem as principais Premieres na Inglaterra. Uma linda pracinha abriga as estátuas de Shakespeare e Charles Chaplin e tulipas multicoloridas.
Adiante, passamos por Trafalgar Square, com a imponente coluna de Nelson. Monumento de 56 metros de altura erguido em homenagem a Horatio Nelson, herói da Batalha de Trafalgar entre Inglaterra e França em 1805. O lugar é muito mais bonito à noite. Seguimos com um sorvete pra acompanhar, apesar do ventinho frio :)
Continuamos passando pela Horse Guards Parade, onde acontece a troca da guarda. Pegamos só o finalzinho e muito cocô de cavalo por todo o canto. Um pouco mais adiante, a Downing Street, onde no número 10 fica a residência e escritório do Primeiro Ministro Inglês há cerca de 100 anos. É lugar de reunião da cúpula do governo e recepção para ilustres do mundo inteiro. Uma pena ser tão gradeado e cheio de seguranças (embora bastante compreensível nos dias de hoje).

Mais adiante, o mais reconhecível cartão postal londrino, o palácio de Westminster que abriga as casas do Parlamento, a Victoria Tower e a Clock Tower, com o sino de Westminster e o Grande Relógio de Westminster, o famoso "Big Ben".
Atravessamos a ponte sobre o Tâmisa impressionados com uma roda gigante de 135 metros, o London Eye, um observatório com 32 enormes cápsulas cheias de gente e uma vista que deve ser imperdível. Não entramos ainda, mas eu tou tentando convencer Val a ir :)) Ao redor da fila quilométrica pra entrar no London Eye, vários artistas de rua se apresentavam. Tinha músico, palhaço, pintor, malabarista, estátua etc. Pegamos o metrô na Waterloo Station, logo depois de tirar uma foto em frente ao IMax (o que há de mais moderno em cinema), em direção ao fantástico prédio da 30 St. Mary Axe, criação do arquiteto Norman Foster e apelidado de "The Gherkin" pela população. O apelido gherkin é como se diz em inglês o nome de um tipo de pepino e foi difundido quando o jornal The Guardian chamou o prédio de erotic gherkin, aludindo à sua forma fálica. Por isso, para alguns, ele é também o "Cucumber", ou seja, pepino :)

Essas idas e vindas foram suficientes pra nos atrasar pra o espetáculo de dança a que fomos assistir à noite. Ainda bem que conseguimos entrar e voltamos satisfeitos. O domingo foi mais cultural e fechado, fomos ao Science Museum e ao County Hall, onde vimos as exposições da Pixar Studios (criadores de Procurando Nemo, Os Incríveis, Toy Story, Monstros S.A. etc.) e de 500 obras do gênio louco Salvador Dalí, respectivamente. Voltamos pra casa também na maior correria, marca de uma cidade onde, por ser tão fácil perder a hora, as pessoas ficaram famosas pela pontualidade. Pra conhecer bem um lugar tão grande e rico culturalmente, só mesmo vários desses fins de semana. Por isso, temos certeza de que vamos voltar lá e espero estar mais bem preparado.

2 Comentários:

  • Oi,Paulinho, realmente precisam voltar lá outras vezes, já que estão tão perto. Conhecer tudo o que for possível. Muitos abraços para vocês. Jovita.

    Por Anonymous Anônimo, Às 11:38 PM  

  • Um passeio desses tem que ser feito em várias prestações, sem juros e com juramentos. Muito bem descrito. Abraços!

    Por Anonymous Anônimo, Às 10:26 AM  

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